quarta-feira, 27 de maio de 2009

camila diz:

Bruna: O gênio em potencial. Herdara uma genialidade fantástica, e de quebra, um apreço pelo esforço e trabalho. Logo nova, já demonstrava sinais de que não era como a maioria. Às vezes isso a levava à loucura, por ter tanto o que fazer.Era doce, e sempre esteve lá quando precisei. Conheci-a quando pequena, mas só estabelecemos conexão real depois dos quinze. Sempre foi muito mãe, mas nunca o quis. Sempre afirmou que não queria muitas crianças, embora fosse ser maravilhosa com elas, se as quisesse - creio que ainda será, um dia.Humor afiado, jeito bobo mas sóbrio e uma fé inestimável. Uma fé que muitos questionavam, mas eu não. Apesar de não acreditar no mesmo que ela, sempre achei que a fé fosse fazer dela uma pessoa melhor, mais sensata. E faz. Ninguém possui a propriedade de julgamento que ela domina.Sempre muito próxima da mãe, não do pai. Isso a fez um pouco mais forte, mas ao mesmo tempo um pouco desconfiada. Perfeitamente aceitável.Manias de limpeza, organização, pautamento, tabelamento, listamento, fichamento, estudo, teoria e prática. Metódica e simples, era assim no dia-a-dia, mas com um toque de palhacisse. Falava meigo no telefone, exceto quando sentia raiva. Mas era raro, pelo menos comigo.




(apesar de certos exageros, como o do "gênio em potêncial", captou muito bem o que sou. sentimental que sou, não pudia deixar de colocar aqui e de dizer que tu és uma das pessoas mais importantes da minha vida, vou tentar retribuir um texto tão lindo um dia desses, mas sem promessas... hehe. amo vc!)

terça-feira, 26 de maio de 2009

love killed my brain

Bem, meus pensamentos tendem a ser os mais alheios possíveis. Mas dessa vez acho que me superei. Agora, durante o almoço, assistindo MTV (morte ao Vídeo Show!) começou um clipe de Paramore (que eu nem gosto nem desgosto porque, na verdade, nunca me interessei em ouvir). Enfim, o clipe era da trilha sonora de Crepúsculo (!!!!) e portanto, mereceu meu interesse. Mas, bem, como dito acima, fiz conexões diversas e acabei por me lembrar de uma frase de Oscar Wilde que eu sempre achei genial (como muitas das outras coisas que ele escreve): “Um homem pode ser feliz com qualquer mulher, até o dia em que começar a amá-la.”
Pois bem. As pessoas que mais se gostam não podem ficar juntas. Eu sei que muitas das coisas ditas nesse blog parecem pessimistas, céticas, deprimentes. Mas não sei, parece que tem um pouco de verdade nisso tudo (pouco que, por sinal, um gênio como Oscar Wilde também percebeu, e eu, pobre mortal, coincidentemente também notei). Quando um homem gosta demais de uma mulher ele tende a se tornar possessivo, ciumento, inibidor, até. Quando o sentimento é presente, mas tênue, o relacionamento tende a ser mais equilibrado, porque ele consegue respeitar o espaço dela. A mesma coisa com uma mulher. Ela tende a ficar histérica, insegura, questionadora ao estremo. Relacionamentos não funcionam assim. O sentimento, quando é demais, sufoca (já dizia Clarice). Paixão é um mal. Um mal que tende a destruir todos os relacionamentos. Ninguém pode conviver muito tempo com o “grande amor”, porque pode perder a sanidade. Querer demais alguém é prejudicial porque sempre há uma tendência a se colocar aquela pessoa acima de si mesmo. E isso nunca é bom.
Então fuja do amor da sua vida. Correndo, pro seu próprio bem. Procure antes alguém que goste de você e de quem você goste, mas sem grandes exageros.

Sim, mas e caso de surgir a pergunta “o que Paramore e Crepúsculo têm a ver com tudo isso?”, eu resumo minha longa conexão mental em poucas palavras: acho que não vale tanto a pena assim ter um Edward Cullen, after all.

(ah, sim, o título é de Clarah A.)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

I keep on waiting

O pior é que eu não consigo mais lembrar a sua voz. Ou o teu cheiro, ou ao menos os detalhes da tua fisionomia. Sei de características mecânicas, coisas que a gente sabe por saber e que, por alguma razão estranha, nunca esquece. Mas não te conheço mais. Não sei mais se ainda és aquele alguém que um dia me ensinou a ser uma pessoa digna de orgulho, que valorizava o esforço acima de tudo, que tinha um humor negro tão parecido com o meu.
Hoje eu faço o que faço por você. Se eu estudo, se me interesso por cultura, se dou valor ao conhecimento, é tudo por você. Porque um dia eu espero que você me diga: 'que orgulho eu sinto de você'. E se não for capaz de dize-lo, tudo bem, eu ficaria feliz em saber que você assim o pensa. Eu vou esperar eternamente o dia que você vai superar a mágoa que corroe teu peito (essa mágoa que destroi todos que estão ao teu redor). Porque quem ama espera. Eu sei que não preciso disso. Eu nem quero isso para mim, mas eu amo você. E é assim que o amor nos faz agir, altruísticamente.
Eu só quero, eu sempre quis uma só coisa: te ver bem e feliz. Se eu te atrapalhei nesse percurso, eu sinto muito, minhas intenções sempre foram as melhores. E não esqueça, que vai ter sempre alguém aqui por você. Não importa o que você faça ou deixe de fazer. Eu te amo pelo amor, e isso basta ao meu coração.

terça-feira, 12 de maio de 2009

alegria, alegria

Tava tudo muito pra baixo aqui, tem que sacudir a poeira.
Ainda há esperança. Ainda há leopardos fêmeas tomando conta de bebês babuinos!

o acontecido aconteceu

o sentimento... e que sentimento? medo é sentimento?
e dúvida? e desconfiança?
eu sei que raiva é. rancor também.
mágoa não.
acho que não.
(...)

Tem coisa que é simples pra todo mundo. Tem gente que nunca se complica com nada, leva a vida a deusdará e tudo sempre dá certo. Sorte, destino ou vontade divina, não sei. Só sei que é.
(...)

Numa dessas aulas da vida eu escutei que Dom Casmurro escreveu seu livro (D. Casmurro, não Machado) para tentar atar as duas pontas da vida, a infância e a velhice, e ver se descobrir o que deu de errado no meio.
(...)

Outro dia disse "estou cansada de ter cinquenta anos desde os nove". Já dizia meu livro favorito: "Por quê contam coisas às criancinhas?"
(...)

Acabei de descobrir que vou ter de escrever um livro pra descobrir meu sentimento (?) ou falta dele e porque as coisas são tão complicadas nesses meus cinquenta e nove anos de vida condensados em dezoito.
(it won't be a good one)