sexta-feira, 31 de julho de 2009

dispenso a previsão

E qualquer dia vamos nos dar conta que o sentimento que antes era, aliás, que antes não era cresceu, desordenadamente, cresceu e tomou conta de tudo.
E resta a aflição, o medo de perder, de perder-se. A perspectiva de acordar numa manhã de Domingo e perceber que não resta mais nada a dizer (a não ser Adeus). O armário vazio, a porta encostada.
A dança e os risos de hoje não existirão mais amanhã. Uma conversa em um bar qualquer, "Quem errou foi você", nenhum de nós jamais vai admitir a verdade. Insistir nisso agora, é se jogar no escuro. É arriscar tudo, e talvez desperdiçar tempo demais.
Quando olharmos para trás teremos as fotografias (e mais que isso, as lembranças). Mas teremos mais ainda raiva. E rancor. E mágoa. E medo. Medo de errar novamente. Os bons momentos... os bons momentos são aqueles que tendem a nos assombrar. São deles que não podemos nunca esquecer.
Mas se pudéssemos prever como isso vai acabar... Não haveria o coração correndo, a veia pulsando, o peito arfando, o chão sumindo.
Te ter, ou não te ter. Amar ou não amar. Perder tudo depois de tudo ter ou não ter nada por medo de arriscar?

domingo, 26 de julho de 2009

carta

Apaguei todas as palavras antes dessas
Achei que não faziam nenhum sentido
Aliás, achei que não teriam significado algum para você
A mim, diziam muito.
Apesar desses nossos desentendimentos cotidianos
A vida continua...
E a mensagem que queria te passar
Ficou perdida entre as páginas de algum livro
(no rodapé de algum poema de Vinicius?)
Re-escrevi diversas vezes
O discurso furado que você deveria ouvir
Mas perdi as folhas de papel em branco
Nas quais transbordei meu pensamento
E abri meu coração.

Ainda procuro frases simples que expressem o que quero dizer.
B.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

same town, same excuses

I want you
But then again, I don't always get what I want
I don't know what it is
Exactly what you show
You are wonderful, I'll tell you that
Capable of being brilliant
And two opposite people
I would only like to know
How do you see me through your eyes
You let us all down
The crowd of fools that flollows your heart
In this same old town
"I'm not good enough"
Was your excuse since the start

terça-feira, 14 de julho de 2009

You see she hides cause she's scared

Eu perdi meu CD de red hot, meu "the notebook", meu livro de contos, um vestido, meu anel. Mas eu não me perdi. Eu continuo sempre presente.
(...)
Não sei porque as pessoas mudam. Eu sei, irônico, já que mudei tanto. Mas às vezes a gente nem reconhece grandes amigos. Eu sinto sua falta. Das conversas, das indiretas, dos raros encontros. Eu sinto falta de quem você costumava ser. As pessoas esquecem delas mesmas. Elas se perdem em seus próprios labirintos, elas inventam ou aumentam seus problemas.
(...)
Eu havia me esquecido de como I coul have lied fala comigo. Foi Pedro que me lembrou que essa música existe. Foi uma das melhores coisas dessas férias. Eu costumava ouvir essa música quase todo dia, no auge da minha paixão adolescente redhotiana. E ela já falava muito comigo na sexta série. Engraçado né. Ela parece que fala mais ainda hoje, quase sete anos depois.
(...)
Foi Aristóteles, eu acho, que falou de forma e essência né. Bom, minha essência continua aqui. Esses pequenos incidentes me lembram disso. Eu cresci. Eu cresco ainda, todos os dias. Mas tem coisas que não mudam.
(...)
I could never change what I feel, my face will never show what is not real.
Por que depois de uma madrugada de calafrios, febre, dor de garganta, etc. eu merecia uma boa surpresa hoje.
A gente sempre merece surpresas boas.
Eu fico tão cansada de sentir, às vezes.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

I just got lost

Não é porque eu não quero ou não gosto de ouvir que estou errada. É porque dessa vez eu não estou. Eu abri mão de muita coisa. Muita mesmo. E não olhei pra trás (ta, olhei, mas não me arrependi). E não me arrependi porque tenho fé. Tenho fé em muita coisa. Acho que tenho fé até demais. Em mudança , em melhora, tenho fé na esperança. Então abrir mão de tudo, de todas as minhas certezas, da minha segurança, dos meus questionamentos, não importa. Não importa porque esse motorzinho que me move - a fé - me garante que vai dar tudo certo (mesmo que dê errado). Porque se der errado é porque não era pra ter sido assim. E eu vou tentar novamente . Eu vou abrir mão novamente. Até acertar. Mas dessa vez não. Eu não errei. Eu tenho tudo pra não acreditar, pra cobrar, pra odiar. E eu acredito, eu esqueço, eu amo. Então se é ou não da minha personalidade agir assim, tanto faz. Tanto faz porque nos últimos anos eu mudei muito. Se sou ou não eu, se eu devo ou não devo, não importa. Dessa vez não.

Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across

Just because I'm hurting
Doesn't mean I'm hurt
Doesn't mean I didn't get what I deserved
No better and no worse"

As pessoas me cansam. Se você tem um problema, resolva. Não fique que nem cachorro girando em círculos, atrás do próprio rabo porque não vai adiantar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

breakdown

I know you asked me not to
But I did it anyway
I did it bc I needed to
Am I not strong enough?
Am I not good enough?
I’m not enough
The doc said
Don’t you go living live crazy like that girl
Don’t mix your pills with drinks he said
But, oh, doc. How can I not?
If it’s almost morning again
And I’m still awake
There’s too much of nothing on my mind
I know I know better
I’m tired of always knowing
And not getting it right
One more pill
One last day
If you asked me to
I would stay
You never look at me
You always stare away
Why can’t you see
The problem it’s not you
It’s me