Eu tenho um grande defeito: eu sinto muito.
É por isso que gosto de literatura, de cinema, de artes. É uma forma de ver sentimento palpável.
É por isso que me conto e me exponho cruamente, (como diria Drummond) preciso de todos.
E é por isso que me cubro de ques e porques, numa busca insana por racionalidade, me passando por frígida, megera. Preciso dosar-me.
Me apego demais, me comprometo por nada, me doo com muita facilidade. Tudo porque sinto. E sinto tanto. Tenho em mim todos os sentimentos do mundo.
Feliz era o homem de lata, sem coração.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
die bitch
Mais um da coleção de textos antigos:
O que me leva a ter abuso eu realmente não sei, eu só sei que ele me ataca em momentos inesperados, como se estivesse o tempo todo atrás da porta, espreitando, observando e calculando todos os meus movimentos, para na hora mais inapropriada, pular em cima da minha cabeça me deixando desnorteada, chata e, claro, muito abusada.
Mas deixe-me definir abuso para que fique bem claro que abuso não é chilique, não é charminho, não é besteira. Abuso deveria, na minha mais sincera opinião, ser posto na lista entre as piores doenças do mundo. Lá em cima, junto de câncer, aids, e, claro, cólicas menstruais. Não, eu não estou exagerando, nem tentando provar meu ponto de vista, mas é provado cientificamente que abuso é ruim para a saúde e pode matar.
Me diga se tem coisa pior do que um indivíduo do qual você está pra lá de abusada vir lhe dar um abraço e um beijinho, ou puxar papo enquanto você está na fila para pagar uma conta da qual você esqueceu e se lembrou em cima da hora do banco fechar (situação em que, claro, o senhor abuso já está presente lhe martelando o juízo) ? Não, não tem. Aliás, pode até ter. Outras situações altamente abusivas que a vida insiste em trazer e empurrar em cima de mim. Estou eu em algum lugar, minding my own business, quando me vem aquele calor, eu me sinto gorda, descabelada e simplesmente horrosamente feia. Então passa aquela menina que eu detesto, linda, maquiada e cheirosa. Não minha gente, não é inveja, é abuso. Abuso do mundo por girar, da mãe natureza por ser injusta e da porra do meu condicionador que me prometeu um cabelo bom. Coisa que, vamos encarar, não tem milagre que faça acontecer.
Eu sei, eu sei, tem gente que vai me chamar de drama queen, de fresca, de porre. Mas puta que pariu, alguém nesse mundo tem que me entender. Não é culpa minha - eu já disse - se o abuso me escolheu como uma das suas vítimas preferidas. Eu queria, mas queria mesmo, ser completamente imune à chatice que o abuso traz como companheira. Mas pro meu azar, ainda não inventaram vacina pra esse mal. Por sinal, como último remarco, por que esses cientistas ficam por ai se preocupando em descobrir coisas inúteis como a composição da matéria ou o poder elétrico de um elétron ou sei lá o que, quando eles podiam estar se preocupando em achar uma cura pro abuso? É sério, alguém precisa se tocar que o mundo seria um lugar bem melhor se a gente tivesse um antídoto anti-abuso. Eu, pelo menos, admito que eu preciso de um. E um BEM forte.
O que me leva a ter abuso eu realmente não sei, eu só sei que ele me ataca em momentos inesperados, como se estivesse o tempo todo atrás da porta, espreitando, observando e calculando todos os meus movimentos, para na hora mais inapropriada, pular em cima da minha cabeça me deixando desnorteada, chata e, claro, muito abusada.
Mas deixe-me definir abuso para que fique bem claro que abuso não é chilique, não é charminho, não é besteira. Abuso deveria, na minha mais sincera opinião, ser posto na lista entre as piores doenças do mundo. Lá em cima, junto de câncer, aids, e, claro, cólicas menstruais. Não, eu não estou exagerando, nem tentando provar meu ponto de vista, mas é provado cientificamente que abuso é ruim para a saúde e pode matar.
Me diga se tem coisa pior do que um indivíduo do qual você está pra lá de abusada vir lhe dar um abraço e um beijinho, ou puxar papo enquanto você está na fila para pagar uma conta da qual você esqueceu e se lembrou em cima da hora do banco fechar (situação em que, claro, o senhor abuso já está presente lhe martelando o juízo) ? Não, não tem. Aliás, pode até ter. Outras situações altamente abusivas que a vida insiste em trazer e empurrar em cima de mim. Estou eu em algum lugar, minding my own business, quando me vem aquele calor, eu me sinto gorda, descabelada e simplesmente horrosamente feia. Então passa aquela menina que eu detesto, linda, maquiada e cheirosa. Não minha gente, não é inveja, é abuso. Abuso do mundo por girar, da mãe natureza por ser injusta e da porra do meu condicionador que me prometeu um cabelo bom. Coisa que, vamos encarar, não tem milagre que faça acontecer.
Eu sei, eu sei, tem gente que vai me chamar de drama queen, de fresca, de porre. Mas puta que pariu, alguém nesse mundo tem que me entender. Não é culpa minha - eu já disse - se o abuso me escolheu como uma das suas vítimas preferidas. Eu queria, mas queria mesmo, ser completamente imune à chatice que o abuso traz como companheira. Mas pro meu azar, ainda não inventaram vacina pra esse mal. Por sinal, como último remarco, por que esses cientistas ficam por ai se preocupando em descobrir coisas inúteis como a composição da matéria ou o poder elétrico de um elétron ou sei lá o que, quando eles podiam estar se preocupando em achar uma cura pro abuso? É sério, alguém precisa se tocar que o mundo seria um lugar bem melhor se a gente tivesse um antídoto anti-abuso. Eu, pelo menos, admito que eu preciso de um. E um BEM forte.
sábado, 6 de junho de 2009
3 wishes
I wish you could read all the poems I wrote about you
There are pictures and paintings too
From the 24 hours of my day, 20 are dedicated to do
Things that suppress the emptiness and pain you left me to
I wish we could meet up again sometime
So I can give you back the things you left behind
I sleep in your shirts and say your books are mine
The alarm clock on my phone still wakes me up with your voice saying: 'good morning sunshine'
I wish I could know how to forget
The only thing I feel anymore is regret
And even though new guys I've met
My heart for you I've always kept
(Maybe if one day you read this words
You'll realize you to me you mean the world
And that we should be together
Yesterday, now, always and forever.)
There are pictures and paintings too
From the 24 hours of my day, 20 are dedicated to do
Things that suppress the emptiness and pain you left me to
I wish we could meet up again sometime
So I can give you back the things you left behind
I sleep in your shirts and say your books are mine
The alarm clock on my phone still wakes me up with your voice saying: 'good morning sunshine'
I wish I could know how to forget
The only thing I feel anymore is regret
And even though new guys I've met
My heart for you I've always kept
(Maybe if one day you read this words
You'll realize you to me you mean the world
And that we should be together
Yesterday, now, always and forever.)
quinta-feira, 4 de junho de 2009
upen up your mind and see like me
"Life is one fucking beauty contest after another. School, then college, then work... Fuck that. And fuck the Air Force Academy. If I want to fly, I'll find a way to fly. You do what you love, and fuck the rest."
No auge o meu sono pós-lexotan eu tenho que reforçar: fuck beauty contests. É cansante ver como as pessoas investem tanto tempo e dinheiro em coisas inúteis. E pra quê? Essa valorização de valores às avessas me cansa. É desgastante ver as pessoas debatendo sobre modelos a serem atingidos ou padrões a serem alcançados. Fuck that. Se tem uma coisa que a gente tem, acho que a única que vale a pena, é a personalidade. Cobrir falta de caráter com um pacotinho bonito não vai compensar. Conteúdo é a real informação.
E outra coisa, se eu quiser fazer/ser alguma coisa eu vou conseguir. Não importa minha nacionalidade, cor, raça, idade, etc. As pessoas tendem a ficar se limitando como se a vida fosse toda cheia de marquinhas de até onde você pode ir. Fuck that. Eu vou pra onde eu quiser ir.
E, embora sabendo que (quase) todos os professores daquela faculdade provavelmente me mutilariam se lessem isso: tentar ordenar a vida das pessoas é inútil. Cada um faz o que quer, dentro do que é capaz.
Eu to cansada de tentar caber numa embalagem que não é a minha. Aliás, eu to cansada de ter que ter uma embalagem, um rótulo. Sempre se tem que ser fulana filha de sicrano, namorada de num sei quem, amiga de tais pessoas. Fuck that. Eu quero ser conhecida pelo que sou, não pelo que os outros são.
As pessoas tem que começar a pensar com a cabeça fora da bunda. Esse mundo dá indo pro ralo, porque ninguém tem mais tempo pra parar pra pensar. Pensar coisas úteis, isto é.
IF I WANT TO FLY I’LL FIND A WHAY TO FLY. (i nobody will tell me i can't do it)
No auge o meu sono pós-lexotan eu tenho que reforçar: fuck beauty contests. É cansante ver como as pessoas investem tanto tempo e dinheiro em coisas inúteis. E pra quê? Essa valorização de valores às avessas me cansa. É desgastante ver as pessoas debatendo sobre modelos a serem atingidos ou padrões a serem alcançados. Fuck that. Se tem uma coisa que a gente tem, acho que a única que vale a pena, é a personalidade. Cobrir falta de caráter com um pacotinho bonito não vai compensar. Conteúdo é a real informação.
E outra coisa, se eu quiser fazer/ser alguma coisa eu vou conseguir. Não importa minha nacionalidade, cor, raça, idade, etc. As pessoas tendem a ficar se limitando como se a vida fosse toda cheia de marquinhas de até onde você pode ir. Fuck that. Eu vou pra onde eu quiser ir.
E, embora sabendo que (quase) todos os professores daquela faculdade provavelmente me mutilariam se lessem isso: tentar ordenar a vida das pessoas é inútil. Cada um faz o que quer, dentro do que é capaz.
Eu to cansada de tentar caber numa embalagem que não é a minha. Aliás, eu to cansada de ter que ter uma embalagem, um rótulo. Sempre se tem que ser fulana filha de sicrano, namorada de num sei quem, amiga de tais pessoas. Fuck that. Eu quero ser conhecida pelo que sou, não pelo que os outros são.
As pessoas tem que começar a pensar com a cabeça fora da bunda. Esse mundo dá indo pro ralo, porque ninguém tem mais tempo pra parar pra pensar. Pensar coisas úteis, isto é.
IF I WANT TO FLY I’LL FIND A WHAY TO FLY. (i nobody will tell me i can't do it)
if you let him get into your skin (don't be afraid)
Eu tenho medo do que eu sinto por você. E eu tenho mais medo ainda do que você pode não sentir por mim. É horrível quando a gente se abre assim, deixando tudo a mostra, permitindo que qualquer um entre e faça morada dentro de nós. Porque depois que esse alguém descobre que nosso aluguel é muito caro, ou que o nosso coração é mesmo muito bagunçado e mal pintado ele resolve se mudar. E fica vazio. Muito vazio. Um vazio que eu nunca perceberia que tinha, se não fosse você pra me mostrar que não se pode ser feliz sozinha. Então eu vou lá e tento reconstruir todas as maldidas paredes que você insistiu em quebrar. Só que na sua pressa de partir você acabou deixando pra trás um pedaço de si.
Agora, no meio do caos no qual se encontram meus sentimentos, eu não consigo mais distinguir o que era antes e o que é agora. Porque agora eu sou você. Agora eu gosto mais de café preto do que de latte, porque você me acostumou assim. Agora eu escuto sempre àquela banda irlandesa, porque você me acostumou assim. Agora eu compro incenso de canela com açúcar, porque você me acostumou assim. Agora eu não sei mais quem eu era ou o que eu gostava de fazer, porque você me acostumou assim.
E as paredes continuam no chão e eu pareço cada vez menor no vão imenso que ficou. Eu pareço diminuir a cada dia diante do medo que eu tenho de não te achar nunca mais.
(poema antecedente e este texto fazem parte de um acervo muito, muito antigo. resolvi colocar dessas relíquias por aqui).
Agora, no meio do caos no qual se encontram meus sentimentos, eu não consigo mais distinguir o que era antes e o que é agora. Porque agora eu sou você. Agora eu gosto mais de café preto do que de latte, porque você me acostumou assim. Agora eu escuto sempre àquela banda irlandesa, porque você me acostumou assim. Agora eu compro incenso de canela com açúcar, porque você me acostumou assim. Agora eu não sei mais quem eu era ou o que eu gostava de fazer, porque você me acostumou assim.
E as paredes continuam no chão e eu pareço cada vez menor no vão imenso que ficou. Eu pareço diminuir a cada dia diante do medo que eu tenho de não te achar nunca mais.
(poema antecedente e este texto fazem parte de um acervo muito, muito antigo. resolvi colocar dessas relíquias por aqui).
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Depois do pôr-do-sol
The Sun is going down
The orange sky is fading away
On its place there's a lonely dark
Blue with shades of gray
It's raining again
And I didn't make home
Waited for so many hours
And still you didn't come
My hair and clothes are wet
My make up is long gone
I'm trying not to let get me
The thoughts that you forgot
You said you would be here
So I waited on the same spot
Where on your knees my hand you got
And asked me to be to your girl
Its seems so long ago
The time when we were happy
Today you let me go
But I still hold tight to the memories
The orange sky is fading away
On its place there's a lonely dark
Blue with shades of gray
It's raining again
And I didn't make home
Waited for so many hours
And still you didn't come
My hair and clothes are wet
My make up is long gone
I'm trying not to let get me
The thoughts that you forgot
You said you would be here
So I waited on the same spot
Where on your knees my hand you got
And asked me to be to your girl
Its seems so long ago
The time when we were happy
Today you let me go
But I still hold tight to the memories
terça-feira, 2 de junho de 2009
Poema do Beco (ou) O Escafandro e a Borboleta
Acho que todo mundo passa por momentos de escafandro. Eu estou passando por um agora. É como se tudo que eu fizesse fosse muito... limitado (talvez convencional fosse a melhor palavra). Meu curso, meus relacionamentos, minhas leituras, minhas opiniões... é tudo muito normal. A vida não é como nos livros, cheia de situações inusitadas, pessoas diferentes e portas que se abrem a todo momento. É isso que dá gostar demais de ler romances. E de ver filmes. E de ver seriados. A gente acaba inconformado com a mesmice da nossa vida. Parece infantil, eu sei. Mas quem nunca se perguntou se estava fazendo as coisas certas? Ou melhor dizendo, as coisas erradas, ou mesmo coisa alguma, contanto que fosse algo que marcasse, que mudasse, que.... E a vida não tem final feliz, tem? Não do jeito dos contos. (mais uma vez, é isso que dá viver mergulhada em literatura).
Escafandro. Sim. Preso. Sem poder sair. Só observando o circular do mundo lá fora.
Agora eu sei que posso responder o que minha aluna me perguntou ontem sobre o que Manuel Bandeira quis dizer com “Vou me embora para Pasárgada”. Ele o diz novamente no poema com o mesmo título desse texto:
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha
[do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.
Em Pasárgada não. Lá “a existência é uma aventura”. Em Pasárgada a vida é Borboleta.
Borboleta. Sim. Livre para voar. Para experimentar. Para viver.
(mas não quero ser ingrata. sendo a conformista que por vezes sou, estou demasiadamente feliz com minha vida escafandro, porque às vezes, sim, muitas vezes até, me permito ter momentos borboleta).
Escafandro. Sim. Preso. Sem poder sair. Só observando o circular do mundo lá fora.
Agora eu sei que posso responder o que minha aluna me perguntou ontem sobre o que Manuel Bandeira quis dizer com “Vou me embora para Pasárgada”. Ele o diz novamente no poema com o mesmo título desse texto:
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha
[do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.
Em Pasárgada não. Lá “a existência é uma aventura”. Em Pasárgada a vida é Borboleta.
Borboleta. Sim. Livre para voar. Para experimentar. Para viver.
(mas não quero ser ingrata. sendo a conformista que por vezes sou, estou demasiadamente feliz com minha vida escafandro, porque às vezes, sim, muitas vezes até, me permito ter momentos borboleta).
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