sexta-feira, 23 de maio de 2008

O amor pulou o muro
Ultrapassou a linha que eu marquei
Derrubou as barreiras que eu costrui
Invadiu a casa na qual eu morei

O amor comeu tudo
Meu orgulho, meu egoísmo, minha vaidade
Possuiu meu ser por inteiro
Como uma peste, sem dó nem piedade

O amor é cego, surdo e mudo
Me perde em curvas eternas
De palavras ditas em silêncio
Como um vendaval, deixa minhas portas abertas

O amor me deixou viúvo
Morreram em mim a esperança, a fé e a paixão
Ficamos só eu e a lembrança
Daquela que um dia habitou, o meu hoje vazio, coração.