sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pensamentos soltos, frases distorcidas, palavras desordenadas.

Faz muito tempo mesmo desde a última vez que escrevi uma crônica. Mas then again faz muito tempo mesmo que aconteceu algo interessante o suficiente para ser analisado. Aliás, coisas realmente interessantes acontecem todo dia. Com essa vida sem freio de vestibulanda(?) eu percebi que embora eu não goste de ir à aula nem tampouco de me matar de estudar, ambas as coisas me acrescentam informações todos os dias. Ok, nem todas essas informações são úteis e nem, ainda me arrisco a dizer, necessárias. Mas uma boa parte delas realmente merece minha atenção.

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Eu não gostaria de ser vista como uma conformista. E muito menos como uma rebelde. Mas devo acrescentar que se tivesse que optar por um dos dois eu ficaria com o primeiro. Meu lindos e curtos anos de rebeldia já se foram, naquela época onde escutar punk rock e ter o cabelo vermelho retinto era coisa de gente revoltada (e não 'alternativa' como hoje em dia...). Acho que já coloquei um texto aqui sobre as diferentes fases da minha conturbada pré adolescência/adolescência. Se não, oh well... basta saber que não foram poucas nem suaves.
Mas hoje em dia eu vejo que chocar a sociedade não significa muda-la. E ser descriminado em nada contribui para o nosso papel no mundo. Acho que não só podemos, como devemos questionar o que a sociedade nos impõe, afinal, somos seres pensantes. Mas uma grande parte desse pensar significa enxergar a realidade como ela é, e não como a idealizamos. Isso envolve, inclusive, perceber que nadar contra a corrente e não aceitar nada não significa melhorar alguma coisa.

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Então ás vezes eu acho que a sanidade me deixa. Eu sonho com números, acordo com formas geométricas, almoço guerras e tratados de paz, janto escolas literárias. Não consigo mais manter uma conversa sem usar o termo 'estudo' e nem passar mais de cinco minutos sem me sentir culpada por não estar estudando. É, quando me disseram que não ia ser fácil, eu não imaginei que ia ser tão difícil assim. Não é o assunto em si que é difícil, nem a quantidade de coisas, o problema e a cobrança. É, o grande problema é a cobrança. De pais, professores, colegas, colégio, paredes, teto, livros, fotografias. Meu computador, inclusive, nesse exato momento me condena por não estar estudando.

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Eu só queria deixar bem claro: eu não me acho, nem nunca me achei melhor do que ninguém.
Se eu passei essa impressão, foi indubitavelmente sem querer. Se eu tenho algum problema na linha do 'se achar' é justamente o extremo oposto: baixa auto estima. Eu nunca soube ouvir elogios. Aliás, eles chegam a me irritar.
Mas as opiniões mais distorcidas sobre a gente vêm justamente das pessoas que estão mais próximas de nós. Justo aquelas que deveriam saber tudo. Mas tudo bem, vivendo e aprendendo.

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Direito? Relações internacionais? História? Museologia? Publicidade? Quem sabe, quem sabe, quem sabe. Aparentemente, eu deveria saber. Mas olha ai, bem falado: deveRIA. Quem foi que disse que com dezessete anos eu posso escolher aquilo que vou fazer pro resto da vida? Porque sim, passar no vestibular não é nada fácil, se eu acabar escolhendo um curso que não tenha nada a ver comigo eu vou com ele até o final. Tentar de novo é que não dá. Então, embora eu estude incessantemente e comabebaedurma a prova da covest, de que adianta, se eu NÃO SEI O QUE EU QUERO?

(...)

to be continued.