terça-feira, 15 de julho de 2008

Se tudo que eu tenho feito por todos esses anos nunca for o suficiente? Se no final das contas não importar quantos livros eu li, ou quantas vezes fui a igreja, ou se minhas notas foram boas, se fiz um bom curso e fui uma boa profissional? Se tudo isso que tenho chamado de 'vida' por todos esse anos não passar de uma mera convenção social?
Tudo que eu disse que não seria jamais, fui exatamente nisso que me tornei. Não era esse o plano. Se é que sequer houve um plano, eu tenho certeza que não era aqui que ele me deixava.
Talvez a palavra seja mesmo decepção. Talvez a vida apenas nos dê aquilo que merecemos. Se eu sou meramente reações, a culpa de tudo que dá errado é somente minha no final de tudo.
Mas por que? Se minha escolha nunca foi consciente?

sábado, 28 de junho de 2008

It was supposed to be fun. But where are you by now? I'm waiting... for hours, and not even a phone call. Worst than that: I've probably called a million times just to get your answering machine... It's alright. I have myself, my songs, my books, my life.
Ok.
Maybe I don't.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

ch-ch-ch changes

Pessoas machucam umas as outras todo o tempo. É fato comprovado. Por mim, e acho que por todos. Quem nunca foi rejeitado, levou um chute ou até mesmo foi amado demais? Sim, até o amor excessivo machuca. Relacionamentos não deveriam ser tão complicados. Acho que tudo seria mais fácil se todo mundo respeitasse certas regras. Cumpra o que você promete, por exemplo. Acho que essa é a mais clássica de todas. E a mais abrangente. Estar com alguém significa respeitar essa pessoa e ser honesto com ela. Mas nem todo mundo entende. Fazer o que? Ficar acordada até altas horas esperando uma coisa que não vai acontecer, só pra que isso aumente o desejo de voltar atrás. Não é a melhor das soluções. Talvez nem mesmo seja uma solução.
Saudade da época em que meus maiores problemas eram quantas figurinhas faltavam pra completar meu album das Chiquititas. Pra não ir tão longe, saudade de uma época (ou de um alguém) em que tudo era novo.
Esse padrão de erros me cansa.
Finalmente acabaram as provas, mas meu cansaço não foi embora. Continuo me empurrando cada vez mais ao limite. Ou melhor, continuam me empurrando ao limite.
(o inferno são os outros)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

é bom acabar logo com isso

Limite, cada um tem o seu. E o meu tá bem próximo, mas bem próximo mesmo de ser ultrapassado.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

What you know about love

(You're gonna have to change. I sure hope you know that. You can't live forever in Neverland, Peter. Life is made to be lived, and you're only playing around with it.)

I wish I could say I love you. And maybe I do. But not all the time. We have our pretty moments, we have our everlasting promises. What we don't have, and I'm sure you didn't realize yet, is a future together. You're half empty. I'm way too full. I'm not trying to say that I'm better than you, 'cause I'm not. I just have better hopes, bigger plans, bitter feelings.
As for the moments, the really bad ones, the ones that make me despise you, I hope they go away. If we can't have a future, I hope at least for a pretty present. Maybe I'm been too hard on you. But with your silly unthoughtful words you're hard on me too. You hurt me. I can't hide that. You hurt me for not being who I want you to.

(You're gonna have go grow, Pan. Maybe I will be way too far away when it happens, but I'll be happy for knowing it did, anyway. I want you, but we don't always get what we want.
And that, by the way, was what you just told to me on the phone.)
Acho que todas as vezes que resolvo falar sobre mim mesma é pra expressar minha enorme insatisfação com o terceiro ano. Aliás, tadinho. O problema não é mesmo com meu último ano do colégio, o problema todo está na COVEST e a prova ridícula e antiquada a qual eu serei obrigada a fazer. Eu sabia, ou pelo menos achava que sabia que não ia ser fácil. Mas 10 horas de aula por dia, somadas às provas e todas as horas extras de estudo me provaram que eu tenho limite - e estou bem próxima de atingi-lo.
Paciência rara, coisa pouca. Com pessoas, casos, coisas. Meu emocional, que, convenhamos, nunca foi lá essas coisas, encontra-se cada dia mais abalado.

Valeu, vestibular.

domingo, 25 de maio de 2008

Qual a probabilidade de uma pessoa que nem gosta de pipoca sentir um desejo imenso por pipoca no meio da noite e, em pleno Recife Antigo e aparecer um pipoqueiro? (e com dinheiro trocado!)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Finally figured out you're all the same

'It's funny when you think it's gonna work out, 'till you chose (...) over me, you're so lame. (...)I thought you'd have the decency to change, but babe, I guess you didn't take that warning.
(...)Can't you see that you're lying to yourself? You can't see the world through a mirror.
It will be too late when the smokes clears.'
Is that too much that I'm asking for?'
(maybe is too much what i'm asking for)
O amor pulou o muro
Ultrapassou a linha que eu marquei
Derrubou as barreiras que eu costrui
Invadiu a casa na qual eu morei

O amor comeu tudo
Meu orgulho, meu egoísmo, minha vaidade
Possuiu meu ser por inteiro
Como uma peste, sem dó nem piedade

O amor é cego, surdo e mudo
Me perde em curvas eternas
De palavras ditas em silêncio
Como um vendaval, deixa minhas portas abertas

O amor me deixou viúvo
Morreram em mim a esperança, a fé e a paixão
Ficamos só eu e a lembrança
Daquela que um dia habitou, o meu hoje vazio, coração.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ser ou existir

Nascer foi um ato, morrer é um fato, o espaço entre os dois nada é além de um ruído alto e estridente. Somos apenas energia condensada, e tudo que consumimos terá de ser devolvido sooner ou later, é essa toda a equação da vida. A soma dos reagentes é sempre igual a dos produtos (não é isso que dizem), e dessa forma, cada ação possui uma reação de igual intensidade.
'Existir é ilógico'. Nunca poderemos de fato perceber a extensão de nós mesmos. Com as peças do quebra cabeça em seu lugar, cada um dos 6,5 bilhões de habitantes nesse pequeno planeta tem sua função, e seu encaixe.
Como energia que somos podemos realizar feitos. Mas não podemos ser definidos. Nunca perguntemos: quem sou eu?. Pois o ser excede tudo aquilo que podemos compreender. Se não sabemos onde começamos, o fim já está bem determinado. Não nos cabe saber onde nem porque. Indagar é perigoso, aceitar é subversivo. O tempo é apenas uma névoa úmida.
E se somos externos a nos mesmos, nos transpassamos, e nosso momento jamais findará.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pensamentos soltos, frases distorcidas, palavras desordenadas.

Faz muito tempo mesmo desde a última vez que escrevi uma crônica. Mas then again faz muito tempo mesmo que aconteceu algo interessante o suficiente para ser analisado. Aliás, coisas realmente interessantes acontecem todo dia. Com essa vida sem freio de vestibulanda(?) eu percebi que embora eu não goste de ir à aula nem tampouco de me matar de estudar, ambas as coisas me acrescentam informações todos os dias. Ok, nem todas essas informações são úteis e nem, ainda me arrisco a dizer, necessárias. Mas uma boa parte delas realmente merece minha atenção.

(...)

Eu não gostaria de ser vista como uma conformista. E muito menos como uma rebelde. Mas devo acrescentar que se tivesse que optar por um dos dois eu ficaria com o primeiro. Meu lindos e curtos anos de rebeldia já se foram, naquela época onde escutar punk rock e ter o cabelo vermelho retinto era coisa de gente revoltada (e não 'alternativa' como hoje em dia...). Acho que já coloquei um texto aqui sobre as diferentes fases da minha conturbada pré adolescência/adolescência. Se não, oh well... basta saber que não foram poucas nem suaves.
Mas hoje em dia eu vejo que chocar a sociedade não significa muda-la. E ser descriminado em nada contribui para o nosso papel no mundo. Acho que não só podemos, como devemos questionar o que a sociedade nos impõe, afinal, somos seres pensantes. Mas uma grande parte desse pensar significa enxergar a realidade como ela é, e não como a idealizamos. Isso envolve, inclusive, perceber que nadar contra a corrente e não aceitar nada não significa melhorar alguma coisa.

(...)

Então ás vezes eu acho que a sanidade me deixa. Eu sonho com números, acordo com formas geométricas, almoço guerras e tratados de paz, janto escolas literárias. Não consigo mais manter uma conversa sem usar o termo 'estudo' e nem passar mais de cinco minutos sem me sentir culpada por não estar estudando. É, quando me disseram que não ia ser fácil, eu não imaginei que ia ser tão difícil assim. Não é o assunto em si que é difícil, nem a quantidade de coisas, o problema e a cobrança. É, o grande problema é a cobrança. De pais, professores, colegas, colégio, paredes, teto, livros, fotografias. Meu computador, inclusive, nesse exato momento me condena por não estar estudando.

(...)

Eu só queria deixar bem claro: eu não me acho, nem nunca me achei melhor do que ninguém.
Se eu passei essa impressão, foi indubitavelmente sem querer. Se eu tenho algum problema na linha do 'se achar' é justamente o extremo oposto: baixa auto estima. Eu nunca soube ouvir elogios. Aliás, eles chegam a me irritar.
Mas as opiniões mais distorcidas sobre a gente vêm justamente das pessoas que estão mais próximas de nós. Justo aquelas que deveriam saber tudo. Mas tudo bem, vivendo e aprendendo.

(...)

Direito? Relações internacionais? História? Museologia? Publicidade? Quem sabe, quem sabe, quem sabe. Aparentemente, eu deveria saber. Mas olha ai, bem falado: deveRIA. Quem foi que disse que com dezessete anos eu posso escolher aquilo que vou fazer pro resto da vida? Porque sim, passar no vestibular não é nada fácil, se eu acabar escolhendo um curso que não tenha nada a ver comigo eu vou com ele até o final. Tentar de novo é que não dá. Então, embora eu estude incessantemente e comabebaedurma a prova da covest, de que adianta, se eu NÃO SEI O QUE EU QUERO?

(...)

to be continued.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Nota mental

Cara senhora, venho por meio desta informar-lhe que as devidas providências já estão sendo tomadas. Não é preciso pânico, a situação está sob controle. Muito embora o que as más línguas falam as notícias de caos generalizado não procedem. Lembro: não é preciso pânico. Descansemos já na certeza que os responsáveis estão no comando de tudo, e sabem exatamente como proceder.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

'Carrego sempre o peso do meu som'

Meus ombros baixos e cheios de culpa
Meus dedos já calejados com tanta aspereza
Meus pés e seus calos de dor.
Se já não me movo, é para não transparecer.
Ficar calada ás vezes é melhor
Mas ainda há o que deveria ser dito e não é (quase nunca)
Ainda há o impulso de contar o que vi e o que sei
Ainda carrego todas as palavras e seus ruídos
O som e seu peso profundo
O som e meu medo de tudo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Sobre as coisas esquecidas

Escute: não há mais nada o que possa ser feito, é o que eu gostaria de dizer. Sim, é o que sei, ou ao menos achei que sabia, até bem pouco. A verdade é que me forcei a acreditar que dois errados fariam um certo. E diante do seu erro (bem, dos seus diversos erros) eu apenas cometi outro e decidi que ódio e desprezo resolveriam o vazio que eu sentia. O esquecimento, eu percebi nada melhora as situações mal resolvidas. Talvez até as piore, pois ao tentar esconder o acontecido apenas o tornamos mais evidente, nas entrelinhas, no canto da sala, no fundo da gaveta, pronto para nos surpreender a qualquer hora.
De qualquer forma, além de não esquecer e piorar minha mágoa eu apenas encobri o quanto tudo isso me era incômodo (pra não dizer sôfrego). De tanto não pensar acabei perdida no meu sentimento de vítima, na minha preocupação em culpar você cheguei a esquecer que o mais fraco sempre foi mesmo você.
E agora, esta surpresa. Não sei o que esperar, não sei se esperar. Na dúvida, não esperarei. Não achava mais que houvesse nada a ser feito. Mas diante das minhas portas fechadas hoje se abre uma janela, e embora pequena, ela ainda permite a passagem de alguma luz. Um raio ainda distante, disforme e descontínuo, mas ainda sim um raio, e que por tão pequeno deve ser bem cuidado.
Confesso que minha caixinha ainda está no fundo da gaveta, recheada de acusações e dúvidas. Mas não, não serei susceptível ao mesmo mal de Pandora. No fundo da gaveta a deixarei, pois embora o passado nos ensine muito, muitas vezes ele nos impede de aprender. Ou mesmo de descobrir.
Eu quero descobrir que estou errada. Que ainda há, de fato, muito a se fazer. Sim, sim... ainda devo uma última vez confessar, o que eu quero mesmo é descobrir quem é você.

sábado, 12 de abril de 2008

one

Yes, I miss you, and you shouldn't even have to ask that. I think about you every day, and sometimes I come to think that's not very healthy. Of course I moved on, I couldn't remain attached to you forever. But to which point am I real about being over you? I really don't know. I don't think I love you anymore, that's almost certain, at least. But as I said, I still wish I could be with you sometimes. I still look through your pictures and messages to know if you are with someone. I am still afraid of loosing you, even though you were never really mine.
The worst of it all is that I have no clue if I'll ever even see you again, and if I do see you, things will be different, we will no longer be the same people we were that summer and our love will be lost forever. Funny thing I said love. Did you love me? Did I love you? What were we, after all? Those questions only make harder for me to put an end on us inside my mind. If I could only know if it was real, if you were indeed mine, and I was yours, I would be in peace. Just knowing I had you, even that it was so brief, would make me happy. Because deep inside my heart I am so certain about you being the one. Deep inside my heart I know you are the one who would give me my happily ever after. I can lie to myself, I can look for someone else, and in the end, maybe we won't be together (life sometimes doesn't go as we plan), but I'll always know that you are the one for me, and I'm the one for you too.
Anf it doesn't matter how many hours, days or countries are between us. What I feel is stronger, for what I feel is real.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Eu espero que você se encontre

Eu não espero que você me perdoe pro ter perdido a calma, por ter te perdido ao tempo. Eu não espero que você se dedique, ou se importe. Eu gostaria que você ligasse, eu adoraria te ver novamente. Num deses encontros casuais, quem sabe, numa tarde qualquer a gente se bata, a gente converse e a gente se entenda.
Até lá eu sigo em passos miúdos, fingindo que o nosso acontecido nunca aconteceu.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Poligamia

nós
somos
feitos
um
para
os
outros
Houve um dia em que pensei que adiantaria correr
Que talvez, e por que não?, que talvez eu pudesse chegar a algum lugar
Sim, houve dias em que pensei estar perto de onde sempre quis estar
Me disseram, me fizeram acreditar que isso era verdade
E quanto mais eu corria, mais escutava aos gritos de 'siga em frente'
Mas no final havia sempre uma parede
Eles sabiam
Eu não.

segunda-feira, 24 de março de 2008

O Leviatã

Há um monstro em cada um de nós pronto para devorar cada segundo de boa intenção que possa vir a habitar nossa mente. Nas suas entranhas reside tudo aquilo que já planejamos de filantropo, de altruísta, e nossos pensamentos serão sempre reduzidos a ocultos desejos indesejáveis. Em seus grandes dentes ele sempre devorará cada resquício de bons sentimentos que possuirmos. Nenhuma boa ação será perdoada.

O homem é
o lobo
do homem
O lobo
do homem
o homem é.

quarta-feira, 12 de março de 2008

menos um, menos um, menos um, menos um


Mas é a puta que o pariu.
Agora acabou tudo.
Eu não posso mais com isso.

Eu não sei como, mas alguém pegou meu dia, repleto com minhas lindas 24 horas e cortou em pedaços bem miúdos, mas BEM miúdos mesmo e me deu o mais mísero deles. Eu já nem penso mais. Que dirá ter tempo pra mim, PRA MIM, SÓ PRA MIM. Se não é aula, é estudo, são as porras das redações infernais, são pessoas que querem minha atenção. MAS E EU? E EU NESTA MERDA TODA AONDE FICO?
Pergunta retórica e estúpida.
Eu fico em canto nenhum, é isso. Eu não tenho mais canto nenhum dentro da minha própria vida.

Mas é a puta que o pariu.
Fazendo uso das piores palavras da última flor do lácio sim, que eu tenho direito.

NÃO VAI DAR MAIS EIM.


bjs, perspectivas.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Garota, Interrompida.

Não sei o que, mas sei que ultimamente minha arritmia cardíaca piorou bastante. Meu coração, aos saltos, parece querer abandonar seu posto. Por nada.
Minhas mãos tremem e minha respiração ofegante sufoca meu próprio peito. E o pior, lágrimas. Aos jorros. Cachoeiras, rios, mares, oceanos inteiros brotando, vertendo, tudo contra a minha vontade, tudo mais forte que eu. Por nada. Bem, por quase nada.
E o sono não vem mais. Não importa quantos copos de leite, quantos remédios, quantos chás eu tome, meu olhos permanecem eternamente estateladamente abertos. Por nada. Melhor dizendo, por pouquíssima coisa.
Falta ânimo (se é que sequer sei o significado da palavra esses dias), coragem, disposição. Falta o sopro de vida em mim. A única coisa que ainda consigo desejar é que o tempo passe. Por nada.
Ou talvez seja alguma coisa. E muito importante.
Não sei o que, mas sei que minha calma já parece não voltar mais.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Princípio

No início havia o tudo e havia o nada
No nada estava o tudo, e ele pairava por sobre as águas
(mas estas também nada eram)

No início havia o caos e havia a calma
O caos continha a calma
(e esta também era caótica)

No início havia o final e havia o começo
E todo final era começo
(sendo qualquer começo apenas um passo a menos
para todo final).

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Se me entrego ou não eu já nem sei.
Mas acho que deve se chamar assim - entrega.
Porque outrora não sustentava meu olhar no teu, e hoje dele já não consigo escapar.
Pois nunca me pareciam compridos os dias sem tua presença e agora já são ínfimos os minutos.
E tua pele, que nunca me surtiu efeito, faz-me agora transpirar a cada instante que nos tocamos.
E esse sentimento (ou sensação, ou emoção?) sem definição me toma a mente, e mais que isso, me possui o corpo, e me popula a alma.
Sou habitada por algo (ou alguém?) desconhecido. Mas ao menos sou habitada, e não casa vazia como já fui, como ainda pensei que fosse, até dar por mim e ver você em meu lugar.
Não sei se abri a porta, nem ao menos se você bateu. Talvez a soleira vazia do meu peito convidasse a entrar. E por mais que eu dissesse não (e o quanto ainda digo!) você não quis escutar. Entrou sem pedir licença, sem nem ao menos me comunicar.
E fez morada, e mudou tudo, e quebrou as paredes, riscando seu nome por todos os lados, e deixando bem claro que agora era tudo seu.
Se te aceito ou não também não sei.
Mas deve se chamar assim - aceitar.
Porque já sorrio mais que antes, e canto e escrevo mais que antes.
Existo mais que antes também, porque agora você existe em mim.

Um cavalo morto é um animal sem vida.

http://www.youtube.com/watch?v=0D92AS8HqLA

só uma coisa a dizer: acho que aderirei a moda funk.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Conexão

Às vezes eu falo coisas. Não, não, inicialmente, às vezes eu penso coisas. Não sei (e não acho que ninguém sabe ao certo) como as idéias surgem. Talvez de sinapses nervosas, conexões de neurônios, seiláoque de mielina, ou algo do tipo. Esse não é o ponto, de qualquer forma. O ponto é que sem mais nem menos elas aparecem. E no começo é muito fácil de controlá-las. Basta que desviemos nossa atenção. Mas com o tempo, algumas delas se fundem, criam raízes, se encravam em nossa mente de tal forma que é inevitável que notemos sua presença incômoda.
Daí surgem os pensamentos - das idéias. Idéias que se recusaram a ir embora. E quanto mais pensamos, mais temos pra pensar. No meu caso, em coisas, quase nunca agradáveis. E o pensamento evolui também. Para uma vontade. De expressar. Porque, como dito antes, somos seres narradores. E essa característica inerente ao ser humano faz-nos não conseguir manter as coisas pra nós mesmos.
E então voltamos ao começo: às vezes eu falo. Eufemismo a parte, eu falo quase sempre. Eu falo muito, falo pelos cotovelos (como diria minha avó). E as idéias, transformadas em pensamentos que viraram vontade então viram palavras. E muitas delas não deveriam virar. Mas minhas palavras são mais fortes que eu. Minhas palavras derivadas de idéias que não deveriam ter existido saem e aí vem o pior: os problemas.
Idéia, pensamento, vontade, palavra, problema.
Se eu pudesse manter minha boca fechada...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Quando o tempo pára
[olhares se cruzam]
O barulho zune em meus ouvidos
[do descompasso dentro do meu peito
tun tun
tun
tun]
Quando, até quando, você ainda vai entrar em mim
E me expulsar da minha mente, ocupando tudo
[depois me rasgando
de dentro
pra
fora]
O zunido mais forte
Enquanto meu coração bate
[ tun





tun]
Devagar e sempre
Mas nem sempre devagar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Linguagem Expressiva

Eu creio
Eu faço
Eu sou
Conjugando verbos no egocentrismo
Acabaremos todos justamente como começamos:
Sendo a primeira pessoa

do


SINGULAR.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Nevermind

Em minhas noites não dormidas sempre recorro à atividades diferenciadas. Se não fosse desse jeito, já haveria sido consumida pelos pensamentos que me cortam.
Meu lexotan se foi, e agora não há sono que venha.
Você também se foi, e eu não sei dormir sem te ter ao meu lado.
Eu não sabia, ou fingia que não, que te queria tanto assim. No silêncio que faz a casa eu sinto falta do som da sua voz, e até mesmo do seu silêncio. Uma vez você me disse que o vazio vem quando o outro vai, mas eu não entendi. Eu não entendi porque naqueles dias eu andava muito ocupada para me preocupar com você. Mas agora eu sei. Agora eu tenho tempo demais para saber.
Talvez teria sido melhor continuar na minha ignorância infantil.
Agora eu tenho medo quase todo o tempo. De que você se vá, ou pior, de que eu não consiga ir quando quiser. ‘ Até o amor excessivo pode nos sufocar’, é verdade. Eu não sei mais respirar, eu não sei resistir ao tornado de sentimentos que vem de você pra mim.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Numa comparação grosseira, é como afogar-se em si mesmo. De repente seu corpo é só superfície e você está lá no fundo, bem longe, alheio ao que acontece.
As pessoas que falam
E os carros
A poeira
Só há lugar para uma coisa, essa prevalece sobre tudo mais: o desespero.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Mud-ar
Mud-ando
Mud-ada
Mud-ança
Mud-tante
Mud-tado
Mud-

Parados não chegaremos a lugar nenhum.

'Fácil é ser cavalo

Que só pensa em capim o dia inteiro, e quando come capim fica feliz.' (G.R.)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Penso, logo escrevo.

Finalmente algum estímulo mental. Após dois meses e meio de longa inércia psicológica, ontem eu pude finalmente criar alguns novos pensamentos. Acho que ficou claro que escrever é mais que uma coisa que faço por lazer, ou até mesmo por vontade própria. Escrevo porque preciso. Escrevo porque existo, porque sou. É de nossa condição humana querer repassar nossas experiências, nossas expectativas, nossas frustrações. Somos seres narradores. Se eu fosse um gnu não sentiria essa urgência de escrever, essa necessidade de me expressar. Mas nasci humana, e como tal me sujeito a tentar me contar de vez em quando. Tem gente que faz isso falando, outros pintando, rasgando, destruindo. Eu tento fazer isso escrevendo. E assim, cada palavra me contém um pouco, e cada frase me desvenda um tanto mais.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

1 2 3 4

Sinto que estou atrofiando minha capacidade mental. Ficando meio demente até. Preciso de mais, preciso demais. Muito ócio nem sempre é produtivo, né.

why the hell is my heart beating for
if i can't be free
if i can't achieve more

who said it should be so
things are upside down
we're all going down so low

what in earth in happening
things are now so different
it's all so confusing

and where the fuck are we
i don't recognize my surroundings
it's like i'm not even me.
Quebrada ainda não, mas com algum defeito certamente estou. Talvez já tenha vindo de fabricação. Talvez com o tempo de uso. Não sei. Me pergunto também aonde fica a assistência técnica. Ninguém me disse aonde ir para ser reparada. Acho que estou me usando de forma errada. Mas damn it, cadê a porra do manual de instruções?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

My Ideal first date (part two)

Do I even have to say I was wrong again? When I finally got back, eleven months later, you came and talked to me. You gave me your phone number and asked me to call so we could go out. I remember thinking 'hell no, I'm so over this boy'. And so I ignored you for a month. When you finally bugged the crap out of me asking for my phone number I decided to call you, just to see what it would be like to go out with you. We went to the movies. I noticed how changed you were. I liked you better that way. We finally hooked up then, and it was great. I felt so freaking stupid for starting liking you again.
You called me on the next day and we just stated seeing each other frequently. I started to like you more and more and even though there were times when I wanted to kill you and times when I tried to do something to hurt you (even though I don't even think you know about those times) I know that was just my akward way of falling for you.
And that's why I can't answer the question 'what's your idea of a perfect first date'. Because we've had so many of those. We've met and falled apart and met again and fought and moved on and got back together. And every single time I saw you after one of those 'this is it' moments was special. As it is every single time I'm with you. And part of the reason for that is because it took us so long to finally be together. It took me so long to surrender to the feeling I have for you. It still takes me effort to not be scared of loving you. 'Cause I do. And a whole, whole lot.

My Ideal first date

I remember the very first time I laid my eyes on you. I was such a child back then. I thought 'men, this dude has a great hair, and I love his lip ring'. You were just standing there, being pretty much just yourself and I was all lovey duby on you. I don't even think you saw me that day. And I didn't think I would ever see you again after that afternoon. You were just a cute guy at the mall right.
Wrong. 'Cause I did see you again. Less than a week later at the beach. I remember thinking that was such a great coincidence. I mean, what were the chances of the cute boy at the mall being spending the summer at the same beach as I was? But I was shy, and I didn't know how to talk to you... So for days I just sat there and stared at you, hoping you would come and talk to me. And finally, at my birth day I was walking down the street, going to my friend's beach house when I saw you standing in front of the house next door. You said something and I laughed, and later on me and the girls invited you over to our house. And so you came, with both of you cousins, if I remember well. And we just sat there and talked for quite a while.. about a bunch of non sense stuff. Then you had to go, but you said we would meet that night at the beach. I got so excited. I could swear we would hook up. But then I got there.. and looked for you for like, hours. And finally saw you with some other girl. I was pretty upset. But that was fine right, I had so many other boys to meed. I would forget about you in a second.
Wrong again. When I got home you had added me on msn, and we started talking. You said you wanted to hook up with me so bad but you didn't know how.. and that the other girl was just a friend, and you were no longer with her. But you lived so far away from me back then. Things were just difficult. We made plans to hook up at carnival. And we kept on talking on msn. A few weeks later I met another guy, and I really didn't want to seriously date him at first, but one thing led to another and I ended up falling for him. He was a lot closer to me than you were, after all. I don't really remember if I told you I was dating someone, but I know you got really mad at me for it. I can't really blame you. We sort of had a deal and I broke it. Carnival came along and we met. I was with him, you were with your cousins. And a bottle of vodka. I did second guess myself about being with someone else other than you, but I told myself me and you would never have something for real. And so you went back to your hometown and I moved on with my life thinking we were completely over right then.
As usual, wrong again. We kept talking online every now and then and when June came and I had decided to go to the United States you said you wanted to meet me and say goodbye. I didn't see anything wrong with that at first, even though I did have a boyfriend. You were just a friend right. Oh no. We went to the mall one day and I remember sitting there and just dying to kiss you. I remember the way you looked at me and how I felt guilty for wanting to cheat on my boyfriend. You were such a teaser. You asked me to go to the movies, but I obviously said no. I mean, I knew I couldn't resist if I went in the movie theater with you. And I told you that. Well, I text messaged you about it. You said you felt the same, and that you didn't care that I had a boyfriend, you wanted to be with me before I left. But you didn't. And it was better off that way. I went to the states, you stayed here and started dating this one girl. That was it for us, we barely even talked when I was there, she hated my guts and I really didn't think about you anymore.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Se os opostos se atraem de fato eu não sei. Mas se essa é a regra, nós não somos a exceção. Ás vezes eu acho que não temos absolutamente nada em comum, e no entanto, eu não consigo me convencer de que isso não deveria estar com você.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eu queria poder ser melhor. Por você, para você.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Random

Acho que de um jeito ou de outro estamos sempre fugindo do passado, tentando evitar os erros já cometidos. Ouvi em algum lugar (algum filme, creio eu) um cara dizendo que depois que Deus criou o mundo e etc. Adão dormiu, e no dia seguinte, ele tinha uma coisa completamente nova, ele tinha o ontem. Achei isso genial. Porque parece que a gente está sempre correndo do que se foi ou do que se fez. Ninguém percebe, no entanto, que não se pode ter futuro sem passado.
(...)

Todo mundo diz que morar fora faz uma pessoa amadurecer bastante. E é verdade. Eu não me tornei alguém completamente novo, é claro. Eu rio do mesmo jeito, falo do mesmo jeito, durmo na mesma posição. Essencialmente eu sou a mesma pessoa que foi embora. Mas ao observar mais a fundo fica óbvio que eu mudei, e muito. Em pequenas coisas e em grandes coisas. Pro bem, e em alguns aspectos, talvez até pro mal. Mas o importante é que eu gosto mais de mim assim.
(...)

Tem coisas que a gente nunca consegue mudar. Características nossas que por mais que tentemos consertar insistem em continuar como marca registrada do nosso carácter. Eu analiso bastante o meu passado. E tento ao máximo aprender com ele. Acho que errar uma vez é humano, duas vezes é burrice. Mas tem coisas que eu continuo fazendo. Erros que eu cometo não só duas, mas três, quatro, cinco, mil vezes.
(...)

Eu sei, por exemplo, que essa situação toda não era pra estar acontecendo. Porque se eu cumprisse mesmo as minhas resoluções eu nunca me deixaria levar pelos meus sentimentos dessa forma. E eu não estou infeliz. Surpreendentemente, eu estou muito, muito, muito feliz. Mas, eu não consigo deixar de pensar que está errado. Não era pra ser. E em pequenos detalhes do dia-a-dia eu noto isso claramente. Estou fechando meus olhos, e tentando aproveitar sem culpa. Mas eu não sei por quanto tempo.
(...)

E esse é sempre o meu maior erro - eu penso demais, eu analiso demais, eu observo demais. E aí acabado fazendo tudo errado. Por saber demais o que é certo. Nada dá certo assim.

Criar

Repartir um pouco de si com o mundo. Acrescentar alguma coisa à alguém, mesmo que sem nem saber. Poder contemplar um pouco de si mesmo em outra forma, cor ou tamanho. Liberdade em pequenos surtos de criatividade. Surgir, emergir, existir. Dar sentido a vida. Tudo. Nada. Tudo e nada, yin e yang, verdadeiro e falso. Essencial.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Eu só sei.

E ir te conhecendo aos poucos. Virtude por virtude e defeito por defeito. Eu quero você como um todo. Sem tirar nem pôr, quero você por inteiro. E tudo bem se demorar, 'o amor não tem pressa, ele pode esperar'. Vou te conquistar aos poucos, vou me dedicar ao exercício diário de cuidar de ti. Eu acho que acertei agora. Eu tenho você agora. E é isso que importa, certo?


(ALOCA, isso só pode ser tique de aniversário, to sentindo, escrevendo, falando e pensando demais.)
Sinto falta não só de você, mas dos momentos que passamos juntos. De todo esse tempo vivido, partilhado, de todos os momentos criados. Acho que vai acabar tudo só na memória, você vai virar apenas uma boa lembrança. Tudo bem, talvez seja melhor assim. Não sacrificar o que já temos para tentar conquistar mais. Não há aonde ir. Chegamos naquele ponto onde se tem de escolher. E suas escolhas jamais serão compatíveis com as minhas. Mais uma vez, tudo bem. Só me dói pensar que acabaram-se as brincadeiras, os abraços, e até mesmo as brigas. Não quero mais discutir. Cansei dessa situação toda e eu não quero mais competir. Tudo bem, tudo bem. (é o que venho dizendo a mim mesma)

Mais um

Mais um ano.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Metade Vazio

manu diz:
pensamentos positivos atraem coisas positivas.

Mas será? Sabe, eu estava confortalvelmente sentada no meu sofá ontem assistindo The Amazing Race (que, por sinal, não é tão desinteressante quanto parece) e a dupla que estava por último começou a fazer umas meditações lá, dizendo que quando eles se concentravam no que eles queriam, e mantinham o pensamento positivo, as coisas davam certo. Sabe o que aconteceu? Eles perderam. Ironia do destino, Murphy, Carma, ou ordem natural das coisas, eu não sei, só sei que não importa o quão positivista eu seja as coisas simplesmente dão errado quando elas tem de dar. Talvez enxergar o copo sempre metade cheio seja um jeito de acreditar que sempre se estará saciado. Talvez seja melhor fazer fé nas coisas, do que não acreditar em nada, nunca. Mas eu pessoalmente acho muito melhor me surpreender quando algo realmente dá certo a esperar que tudo sempre vá pra frente e acabar decepcionada, quase todas as vezes.