terça-feira, 26 de maio de 2009

love killed my brain

Bem, meus pensamentos tendem a ser os mais alheios possíveis. Mas dessa vez acho que me superei. Agora, durante o almoço, assistindo MTV (morte ao Vídeo Show!) começou um clipe de Paramore (que eu nem gosto nem desgosto porque, na verdade, nunca me interessei em ouvir). Enfim, o clipe era da trilha sonora de Crepúsculo (!!!!) e portanto, mereceu meu interesse. Mas, bem, como dito acima, fiz conexões diversas e acabei por me lembrar de uma frase de Oscar Wilde que eu sempre achei genial (como muitas das outras coisas que ele escreve): “Um homem pode ser feliz com qualquer mulher, até o dia em que começar a amá-la.”
Pois bem. As pessoas que mais se gostam não podem ficar juntas. Eu sei que muitas das coisas ditas nesse blog parecem pessimistas, céticas, deprimentes. Mas não sei, parece que tem um pouco de verdade nisso tudo (pouco que, por sinal, um gênio como Oscar Wilde também percebeu, e eu, pobre mortal, coincidentemente também notei). Quando um homem gosta demais de uma mulher ele tende a se tornar possessivo, ciumento, inibidor, até. Quando o sentimento é presente, mas tênue, o relacionamento tende a ser mais equilibrado, porque ele consegue respeitar o espaço dela. A mesma coisa com uma mulher. Ela tende a ficar histérica, insegura, questionadora ao estremo. Relacionamentos não funcionam assim. O sentimento, quando é demais, sufoca (já dizia Clarice). Paixão é um mal. Um mal que tende a destruir todos os relacionamentos. Ninguém pode conviver muito tempo com o “grande amor”, porque pode perder a sanidade. Querer demais alguém é prejudicial porque sempre há uma tendência a se colocar aquela pessoa acima de si mesmo. E isso nunca é bom.
Então fuja do amor da sua vida. Correndo, pro seu próprio bem. Procure antes alguém que goste de você e de quem você goste, mas sem grandes exageros.

Sim, mas e caso de surgir a pergunta “o que Paramore e Crepúsculo têm a ver com tudo isso?”, eu resumo minha longa conexão mental em poucas palavras: acho que não vale tanto a pena assim ter um Edward Cullen, after all.

(ah, sim, o título é de Clarah A.)