segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O que desejo ainda não tem nome

Quero escrever sentimento desinibido
Desvendar cada esquina dos vocábulos perdidos
Quero desbravar cada sílaba em plenitude
Descrevendo cada vogal amiúde
Quero excitar ou atenuar os sentidos
Aguçar o paladar e os ouvidos
Quero que cada palavra, como doce, se derreta
E que depois ao céu da boca fique presa
Quero que cada vírgula, cada ponto de exclamação
Abra um sorriso, suscite uma emoção
Quero escrever puro movimento, enfim
Sem começo, meio ou fim.