sexta-feira, 31 de julho de 2009

dispenso a previsão

E qualquer dia vamos nos dar conta que o sentimento que antes era, aliás, que antes não era cresceu, desordenadamente, cresceu e tomou conta de tudo.
E resta a aflição, o medo de perder, de perder-se. A perspectiva de acordar numa manhã de Domingo e perceber que não resta mais nada a dizer (a não ser Adeus). O armário vazio, a porta encostada.
A dança e os risos de hoje não existirão mais amanhã. Uma conversa em um bar qualquer, "Quem errou foi você", nenhum de nós jamais vai admitir a verdade. Insistir nisso agora, é se jogar no escuro. É arriscar tudo, e talvez desperdiçar tempo demais.
Quando olharmos para trás teremos as fotografias (e mais que isso, as lembranças). Mas teremos mais ainda raiva. E rancor. E mágoa. E medo. Medo de errar novamente. Os bons momentos... os bons momentos são aqueles que tendem a nos assombrar. São deles que não podemos nunca esquecer.
Mas se pudéssemos prever como isso vai acabar... Não haveria o coração correndo, a veia pulsando, o peito arfando, o chão sumindo.
Te ter, ou não te ter. Amar ou não amar. Perder tudo depois de tudo ter ou não ter nada por medo de arriscar?