segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Alcohol

Ri demais, fiz demais, quis demais. E, last but not least, bebi demais. O pior do dia seguinte não é ter que expulsar um estranho da sua cama, nem muito menos limpar os cacos de vidro espalhados pelo chão, e sim aquele gostinho de 'não acredito que isso aconteceu de novo' que a ressaca moral deixa na boca. Dor de cabeça não, que isso é coisa de amador, mas uma puta confusão ao tentar lembrar a noite anterior. Nem sei quem me trouxe em casa, nem quem me vestiu (ou melhor dizendo, despiu), mas sei que aqui estou.
Resta receber ligações o dia todo e ouvir histórias de como eu fui engraçada quando seduzi um velho na rua, ou quando tentei ir skinny dipping na piscina de alguém. Resta passar o dia procurando minha carteira, meus sapatos, meus brincos... E descobrir que se encontram em algum lugar da cidade, na casa de desconhecidos (leia-se perdidos para sempre). Resta assistir vídeos do meu comportamento exemplar ao virar quatro doses de uma só vez e com isso resta me prometer que nada disso voltará a acontecer, sempre sabendo que a margem de erro das minhas promessas é catastrófica.